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Como ensinar seu filho a ser otimista?

Os pais são as primeiras relações das crianças. E através destes, que elas entram em contato com o mundo. A partir, das interações com os genitores, constroem suas personalidades, e sistemas de crenças.

Contudo, dependendo do tipo de tratamento que a criança recebe dos seus pais, pode ter um impacto bastante significativo na forma como este irá interpretar as situações futuras.

Quando a criança faz algo de errado e os pais brigam dizendo-lhe “Você não é capaz de fazer nada correto” ou “Como você é muito desastrada”, e assim por diante, ensina-lhe a pensar desta forma.

A criança passa não aceitar sua falhas, críticas e decepções, tendo uma visão errônea de si mesma, e do seu potencial. Tende a se culpar e a responsabilizar os outros pelos seus infortúnios.

Com isso, torna-se pessimista e desamparada, acreditando que seus problemas são permanentes e difíceis de solucionar, o que pode levar ao desenvolvimento de estilos explicativos.

Os estilos explicativos são vozes internas que todos nós temos, que surgem das experiências vividas na infância, e são aprendidos através da influência dos pais e professores. É um tipo de explicação sobre algo que dá certo ou errado quando as coisas não saem do jeito como gostaríamos.

Isto pode levar a criança, a evitação ou a desistência de qualquer tarefa, desde a mais simples até a mais complexa. Sendo assim, justifica que os eventos bons são apenas temporários e não determinados pelo seu próprio esforço, e que as situações ruins são para “sempre” ou, que “as coisas nunca darão certo”.

No entanto, os estilos explicativos podem surgir da análise causal dos acontecimentos que a criança ouve dos pais ou cuidadores, através da observação de como falam de si e dos seus problemas. Quando os genitores não explicam o que acontecem para os filhos, as crianças vão criar suas próprias conclusões. Podem copiar os estilos explicativos de seus pais, tanto na forma pessimista quanto a otimista.

Se não há modificação do pensamento pessimista antes da adolescência, a tendência é se cristalizar ao longo do tempo, causando a depressão e baixa autoestima.

Para que isso não aconteça, em primeiro lugar, os pais devem servir de exemplo para seus filhos. Então, os genitores devem modificar a forma como enxergam a vida para que a criança possa imitá-los de forma mais sadia.

Os pais devem questionar, como todos da família lidam com os problemas, com os erros e os acertos. Adotar uma atitude mais flexível, sem cobranças, pode ajudar o filho a lidar melhor com as frustrações, bem como aceitar suas “faltas”.

Também, os genitores podem explicar aos filhos que problemas sempre vão existir, no entanto, procurar substituir algumas palavras, como “nunca” por “às vezes”. Então, se uma criança diz: “ As coisas nunca dão certo”, os pais precisam explicar que “às vezes, as coisas não dão certo”. É preciso ensinar que as adversidades são normais, e temporárias, mas que são importantes para o aprendizado. Assim, a criança vai aprender a não desistir das situações, desenvolvendo outras habilidades de enfretamento.

Estimule a criança a reconhecer suas forças de caráter com atividades prazerosas, como música, pintura, desenhos, ou escrever um poema, para que ela possa expressar o que está sentindo.

​Incluir o hábito diário da gratidão, pode auxiliar a criança a ver o lado bom da vida.

Escrever três coisas boas que aconteceram ao final do dia, num caderninho ou colocar um bilhetinho dentro de um pote, ajuda a estimular o desenvolvimento do otimismo.

Portanto, a postura de pensamento explicativo diante de eventos ruins e bons é, primeiramente, aprendido em casa. Ajudar seus filhos a serem otimistas, pode imunizá-los contra as psicopatologias, e, entre outros problemas de saúde.

Andréia Haas Krug

Psicóloga - CRP 07/14023

Sou formanda pela ULBRA, pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, especialista em Psicologia Jurídica. Coautora do livro Saúde Emocional na Escola e dos e-books: E Agora Pais? Lidando com os Desafios do Universo Infantil e do O Psicólogo vai à Escola Vol.1, 2 e 3. Atendo crianças, adolescentes e adultos, realizo avaliação psicológica, orientação de pais e consultoria em escolas, na cidade de Porto Alegre/RS.

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