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Como posso saber se a minha autoestima é boa?

Tanto se fala de autoestima, mas será que existe alguma forma de medi-la ou avaliá-la? O conceito é bastante subjetivo, mas a resposta é sim, existem algumas maneiras de compreender como está o nível de autoestima. A principal forma é conhecer os sintomas e sinais, para também entender como melhorar a sua autopercepção e valorização.

Vou citar o modelo da Escala de Autoestima de Rosemberg, (Rosenberg Self-Esteem Scale – RSES; Rosenberg, 1986; Corcoran & Fischer, 2000) que foi desenvolvida, originalmente em inglês por Morris Rosenberg, em 1965, como uma escala de avaliação da autoestima global.

Rosemberg considera que “a autoestima é a autoavaliação pessoal, a qual implica sentimento de valor, englobando um componente predominantemente afetivo, expresso em uma atitude de aprovação/desaprovação em relação a si mesmo”. Partindo desta concepção, a escala de autoestima é constituída por 10 questões com conteúdos referentes aos sentimentos de respeito e de aceitação de si mesmo.

O uso de escalas e testes na clínica psicológica é bastante rico, são instrumentos padronizados que nos permitem levantar dados para hipóteses diagnóstica, assim como comparar o paciente com a população em geral e também possibilitam um registro do momento atual para que seja revisto no futuro.

Outro benefício é que as próprias informações das escalas oferecem boas reflexões que podem ser discutidas entre terapeuta e cliente. É comum que as pessoas que tem baixa autoestima nunca tenham parado para refletir sobre si mesmas, sobre as suas preferencias na vida e sobre o seu valor.

Mas independente do uso de instrumentos, em psicoterapia, é possível perceber e pontuar para o paciente quando percebemos que a autoestima não está bem. Alguns sinais costumam ser:

  • Pessoas que não se acham boas o suficiente para realizar algo;
  • Pessoas que precisam sempre da validação de outro para saber que realizaram algo bom;
  • Pessoas que precisam sempre da opinião dos outros antes de tomar uma decisão;
  • Pessoas que não sabem dizer não e acabam fazendo sempre o que é melhor para o outro em detrimento do que é bom para si mesmo;
  • Pessoas que se criticam constantemente;
  • Pessoas que tem dificuldade em receber elogios.

Muitas vezes a percepção negativa sobre si mesmo está relacionada a crenças, que são mensagens recebidas ao longo da vida. Os relacionamentos e experiencias de vida são uma bagagem individual que servem de base para a maneira que iremos encarar nossa jornada. O impacto destas vivências pode ser positivo ou negativo.

Pessoas com problemas em sua autoestima, geralmente viveram experiências negativas neste contexto, em um ambiente onde era constante: repressões, criticas, reprovações ou até mesmo a ausência de contatos, abandonos, violência, relações frias e distantes. As mensagens internalizadas são de desvalor, incapacidade e desamor.

A autoestima se relaciona com a autoconfiança e com a autoaceitação. Quando estes conceitos não estão bem estabelecidos, é comum que a própria pessoa não se aceite, se critique e se veja como alguém que não merece coisas boas.

Esta visão negativa reflete nos outros, de forma que as pessoas com quem convive também não a valorize. Um ciclo vicioso se inicia, pois, as relações refletem todo esse negativismo e de certa forma “confirmam a desvalorização”. Quebrar este processo não é fácil, mas é possível, e a ajuda profissional pode fazer grande diferença.

Após a identificação destes e/ou outros sinais, é hora de definir um plano de ação para melhorar a percepção e a valorização de si mesmo. Um mergulho de autoconhecimento acompanhado de gentileza e autocuidado são alguns dos passos importantes.

A psicologia positiva é uma aliada neste processo, pois possui ferramentas de grande valia no processo de se conhecer e atingir o bem-estar. Ao nos conhecermos e reconhecermos o nosso valor, nos sentimos autoconfiantes, é mais fácil alcançar satisfação com a vida e felicidade. Além de ser uma forma de autocuidado que traz consciência das emoções, pensamentos e atitudes.

Que tal tirar um tempo e refletir sobre a sua autoestima? Se precisar de ajuda, procure um psicoterapeuta positivo 😉

Referência:

Corcoran, K., & Fischer, J. (2000), Measures for clinical practice: A sourcebook (3rd ed., Vol. 1). New York: The Free Press. Rosenberg, M. (1986). Conceiving the Self. Malabar, FL: Krieger Publishing.

Juliana Camila do Nascimento Ferreira

Psicóloga Clínica - CRP 06/89876

Coach, Mentora de Coaches, Formadora nas áreas de Coaching, Psicologia, Desenvolvimento Infantil e Neurociências. Atua em consultório próprio realizando atendimento a crianças, adolescentes e adultos sob a Abordagem Psicoterapia Cognitivo Comportamental. Apaixonada pela Psicologia Positiva, com formações no tema, incluindo PP Specialization Project com Martin Seligman.

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