Como poderei parar de abusar da bebida, das drogas, da comida, do sexo, dos outros, de mim mesmo?
As práticas abusivas viciam para evitar o sofrimento e sentir um bem-estar muitas vezes fugaz. Abusamos de certas coisas e esse comportamento faz com que por um breve momento nos sintamos novamente no controle de nossa vida, ou nos traz a ilusão passageira de fuga da realidade e portanto acabamos por repetir.
O abuso também gera a culpa e esta por sua vez cria um círculo vicioso, é como a cobra que morde a cauda. Cometemos conscientemente um erro, sentimo-nos culpados e esta culpa gera um turbilhão de sentimentos e emoções confusas.
No início ela nos alivia, pois mostra que somos bons, mas depois de algum tempo a culpa aumenta e a dor decorrente torna-se insuportável.
Começamos a exteriorizar e justificar nossa culpa dizendo, por exemplo, eu não agiria assim “se ele não tivesse feito o que fez”, ” ela me provocou ou eles não me entendem”, logo as racionalizações e defesas nos parecem tão razoáveis e nosso comportamento tão justificável que fazemos tudo de novo.
É um círculo vicioso de culpa e justificação.
Os vícios e os maus tratos tem um traço comum, são produtos da insegurança.
Todos são maneiras de exteriorizar a falta de autoestima.
É impossível ter autorrespeito e autoestima e maltratar-se ao mesmo tempo, assim como é impossível amar verdadeiramente e maltratar outra pessoa.
Os maus tratos e o vício nada mais são que comportamentos egocêntricos, ou seja, o indivíduo vê o mundo através das próprias necessidades.
A insegurança e o ego fraco tornam-se tão poderosos que controlam todas as suas atitudes.
A cura mais eficaz desse problema é a substituição do comportamento destrutivo por uma atitude nova, construtiva, em outras palavras trocar o vício mal, por um hábito bom.
A psicologia positiva apresenta técnicas eficazes como estratégia de auxiliar a pessoa no reforço de melhoria da autoestima e substituição por comportamentos mais salutares.
Procurar ajuda profissional ajuda muito porque preenche o vazio deixado pelo vício, induzindo a pessoa se concentrar em outras atividades em ambientes diferentes, onde então será capaz de usar suas forcas pessoais e habilidades como ferramenta potencializadora de seus recursos internos.
Uma outra maneira de empregar seu tempo e energia num ambiente estimulante, no qual, incentivo e aceitação se tornam essenciais para evitar o desânimo provocado pelo vício.
Entender que ninguém é perfeito, que é possível percorrer novos caminhos, fazer boas escolhas, que você não precisa ser forte para combater o vício, precisa ser humano.
É importante se aceitar como um ser humano em sofrimento e estimular a autoestima, colaborando para ações sincera de aceitação, você terá coragem para superar suas falhas e a tornar-se uma pessoa melhor. Você aprende principalmente o autorrespeito.